sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Atividade desenvolvida na escola



crianças na Semana da Pátria





Projeto: O Texto e os Valores na Escola
EEB ”Rodolfo Zipperer”
Cursista: Juliete Alves dos Santos Linkowski
O trabalho com textos possibilita inúmeras abordagens que permitem ao professor utilizá-las como forma de provocar nos alunos a discussão de temas relacionados ao contexto social em que vivem. Nesse sentido a escola está desenvolvendo o projeto: texto e valores na escola, entendido no PPP (Projeto Político Pedagógico) como uma ação do projeto ABCD (Aprender, Brincar, Criar e Desenvolver)1.
Professores envolvidos: todos
Fase do projeto: desenvolvimento das oficinas.
Oficina 1( já desenvolvida):
Tema: valores
Turmas: Séries Iniciais
Objetivo: desenvolver atividades relacionadas com a Semana da Pátria, ressaltando valores como: respeito, amizade, liberdade, perdão e o companheirismo.
Gêneros textuais privilegiados: Poesia e letras de música
Estratégia: vídeo explorando o Hino Nacional, jogos dividindo os alunos em quatro grupos (amizade, respeito, perdão e alegria). Elaboração de poesias, acrósticos, cartazes, desenhos, pinturas, recortes, colagem, dramatizações, leituras informativas e produções textuais.




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1. O ABCD é um projeto único da escola e que abrange todos os demais como ações. O objetivo principal é trabalhar a Educação com ênfase nos valores humanos através de atividades lúdicas e interativas.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

MEMÓRIAS ESCOLARES, Zenilda Maria Paulo Soupinski

Memórias Escolares de 1a a 8asérie
1a a 4a série
Aulas multisseriadas, numa sala 1a e 2a, e na outra 3a e 4 a série; não havia diretor nem merendeira, nós que fazíamos a merenda com a(o) professor(a). Trabalhávamos na horta escolar.
Não lembro das professores de 1a e 2a séries, na 3 série foi Jucélia Vachinski Marcos, repeti a 3a pois a professora morava em Rio da areia e faltava muito, acabei desistindo para poder ajudar minha família na roça(fumo). Na 4 asérie foi o professor Thomaz Tadra, um senhor de idade, mas muito compreensível e paciente. Biblioteca ou livros de leitura nem pensar.
De 5a a 8a série estudei no Almirante Barroso. A professora que mais me cativou foi Janete Bauer Gatz (L.P) na 6 série, foi aí que decidi que gostaria de ser professora de L.P.
Aprendi muita coisa de matemática, física e química que até nos dias de hoje se usa nas escolas, não vejo razão para existir (fórmulas).
Fiz o Magistério no Ensino Médio, líamos muito pouco literatura, era mais livros didáticos , nos preparávamos par a realmente darmos aula. Me sentia frustrada, não era isso que eu queria, estava ansiosa, pois queria dar aula de L.P. e não de 1a a 4a série. Certo dia conversando com a professora Joana Miotto, ela me esclareceu que eu precisava prestar vestibular e fazer o curso de Letras. Foi então que fui me informar e fazer vestibular, tinha 80 vagas para Mafra, passei em 32a, senti muito orgulho de mim mesma, pois o magistério preparava para lecionar e não para o vestibular. Achei que fui bem. Conclui a Faculdade em 3 anos (inclusive aos sábados a tarde).
A professora que me chamou atenção foi a de Inglês (Rita), pois a maioria dos alunos não sabia nada da matéria, então ela começou pelo inicio, como se estivéssemos na 7a série, foi excelente, aprendi muito com ela nos 3 anos que lá permaneci.
Não líamos muito. Não lembro de um livro em especial a não ser “Os Lusíadas” (Camões) “Crônica de Uma Morte Anunciada”; livros de difícil compreensão, lembro muito pouco, mas na verdade seus títulos.
As aulas eram tradicionais , mas aprendi muito, pois era meu objetivo ser professora de L.P. e para o momento, era o “ideal”, penso eu (86-88).
Hoje em dia leio muito, mas textos curtos, textos da Internet. Adoro tudo que esteja relacionado ao Meio Ambiente. Livros de auto-estima também leio, pois tenho problema Bipolar, preciso me auto identificar constantemente.
Acredito que o eixo principal de minha leitura hoje é através da Internet.

Relato de uma professora: entenderam?

Era uma tarde ensolarada, e o diretor da escola reunira todos os alunos no pátio, para informar sobre as mudanças ocorridas na escola, enfim, aquelas coisas que só se consegue fazer nas férias, sem crianças correndo, gritando, pulando...Os alunos estavam todos agitados, e foi aí que o diretor resolveu usar seu precioso apito para chamar a atenção do pessoal.
"Piiii...piiii..SILÊNCIO!"- e começou seu discuro cheio de autoridade e orgulho, pelas benfeitorias realizadas no espaço escolar.
"Queridos alunos, vejam....enquanto vocês descansavam nas férias de vocês, nós cuidamos da escola..."
Enquanto isso, eu apenas observava a cena parada na porta da sala de professores, quietinha, prestando atenção aos recados do "dire".
"...e vejam, todos tem que cuidar, ajudar a manter a escola bonita...ENTENDERAM?"
E os alunos, apreensivos respondem prontamente:
- Entendimos!
"E não é entendimos, é ENTENDEMOS!!!"
- Entendemos, diretor!
"Isso, porque vejam, colocamos grades na quadra de esportes, PLANTEMOS flores, grama..."

Ali, minha índole de professora e de amante da nossa Língua Portuguesa partiu no meio, doeu!! Que exemplo hein diretor? Para cobrarmos qualquer conteúdo de nossos alunos, devemos nós, como professores e educadores, dar o exemplo, e dominar os conteúdos. Naquela situação, vi o quanto nossas ações refletem em nossos alunos...
Então, vamos fazer sempre o melhor para eles, para que possamos tentar mudar os conceitos errados que andam sendo aprendidos por aí...entenderam?

Ana Cláudia Zan, professora de Língua Portuguesa e Inglês do Ensino Fundamental e Médio.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Memorial RUTIANE

"Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais"
(Casimiro de Abreu)

Vivi minha infância numa pequenina cidade chamada Major Vieira,em meio a brincadeiras,fantasias e muitos amigos.Adorava estar na chácara do meu avô,pisar no chão molhado da terra com uma liberdade sem igual.Corria,subia em árvores,imaginava que era um passarinho capaz de voar além das copas das árvores.Admirava os peixinhos que observava num pequeno rio,segui-os até perdê-los de vista e morria de inveja porque eles pareciam ir mais longe do que eu.Porém,com seis anos ouvi a sequinte frase:"A vida não é só brincadeiras,precisa estudar também." Fui matriculada no pré-escolar,mas não quis ficar.
No ano seguinte ,iniciei na primeira série,agora com lindos cadernos,todos encapados pela minha prima Sirlene,hoje professora de matemática,a qual sempre me incentivou a estudar,contando-me sobre sua faculdade,suas leituras e principalmente vivendo o amor pelos estudos.
Enfim,entrei na sala,mas durante uma semana minha mãe permanecia na porta.Ocarinho da professora Judite me fez perder o medo,fiz muitas amizades,algumas que permanecem até hoje.Recebi meu primeiro livro didático:"A cartilha".Primeiro olhava os desenhos decifrava palavras e por fim,o momento inesquecível,aprendi a ler.Saí da sala lendo placas,cartazes,receitas,bulas e tudo que via pela frente.Sempre fiz grandes viagens imaginnárias.Quantas vezes subi até o espaço,sem tirar os pés do quintal,deitei nas nuvens e brilhei como as estrelas ouvindo os causos e estórias do meu pai.
No antigo Ginásio minhas leituras basearam-se na Coleção Vagalume e nos exercícios de "Siga o modelo",sem falar das famosas redações sobre as férias.Tive poucos professores de LP habilitados.
No Segundo Grau conheci o professor Henrique e seu estilo inovador de dar aulas,havia na escola uma grande expectativa pela sua chegada.No ano seguinte,estudei no Colégio Sagrado Coração de Jesus da cidade de Canoinhas,com a professorra Cleceria, de LP,a qual cobrava sempre a leitura dos clássicos,o que me fez ter grande interesse por literatura.
Com dezessete anos queria fazer o curso de Direito,mas por vários motivos desisti.Optei por cursar a faculdade de Letras,e fui feliz na minha escolha.Amei meu curso,tive uma turma especial.Fiz Pós-Graduação em Psicopedagogia.
Mas ainda acho que sei pouco.Tenho certeza que há muito para aprender.Há imensas viagens e caminhos a percorrer;diante delas sinto-me como aqueles peixinhos da infância:pequenos em tamanho,mas capazes de realizar grandes viagens,com muitas pontencialidades a serem descobertas ao longo dessa travessia,que é a vida.

Rutiane Simões de França Loti