sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Atividade desenvolvida na escola



crianças na Semana da Pátria





Projeto: O Texto e os Valores na Escola
EEB ”Rodolfo Zipperer”
Cursista: Juliete Alves dos Santos Linkowski
O trabalho com textos possibilita inúmeras abordagens que permitem ao professor utilizá-las como forma de provocar nos alunos a discussão de temas relacionados ao contexto social em que vivem. Nesse sentido a escola está desenvolvendo o projeto: texto e valores na escola, entendido no PPP (Projeto Político Pedagógico) como uma ação do projeto ABCD (Aprender, Brincar, Criar e Desenvolver)1.
Professores envolvidos: todos
Fase do projeto: desenvolvimento das oficinas.
Oficina 1( já desenvolvida):
Tema: valores
Turmas: Séries Iniciais
Objetivo: desenvolver atividades relacionadas com a Semana da Pátria, ressaltando valores como: respeito, amizade, liberdade, perdão e o companheirismo.
Gêneros textuais privilegiados: Poesia e letras de música
Estratégia: vídeo explorando o Hino Nacional, jogos dividindo os alunos em quatro grupos (amizade, respeito, perdão e alegria). Elaboração de poesias, acrósticos, cartazes, desenhos, pinturas, recortes, colagem, dramatizações, leituras informativas e produções textuais.




______________________________________________
1. O ABCD é um projeto único da escola e que abrange todos os demais como ações. O objetivo principal é trabalhar a Educação com ênfase nos valores humanos através de atividades lúdicas e interativas.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

MEMÓRIAS ESCOLARES, Zenilda Maria Paulo Soupinski

Memórias Escolares de 1a a 8asérie
1a a 4a série
Aulas multisseriadas, numa sala 1a e 2a, e na outra 3a e 4 a série; não havia diretor nem merendeira, nós que fazíamos a merenda com a(o) professor(a). Trabalhávamos na horta escolar.
Não lembro das professores de 1a e 2a séries, na 3 série foi Jucélia Vachinski Marcos, repeti a 3a pois a professora morava em Rio da areia e faltava muito, acabei desistindo para poder ajudar minha família na roça(fumo). Na 4 asérie foi o professor Thomaz Tadra, um senhor de idade, mas muito compreensível e paciente. Biblioteca ou livros de leitura nem pensar.
De 5a a 8a série estudei no Almirante Barroso. A professora que mais me cativou foi Janete Bauer Gatz (L.P) na 6 série, foi aí que decidi que gostaria de ser professora de L.P.
Aprendi muita coisa de matemática, física e química que até nos dias de hoje se usa nas escolas, não vejo razão para existir (fórmulas).
Fiz o Magistério no Ensino Médio, líamos muito pouco literatura, era mais livros didáticos , nos preparávamos par a realmente darmos aula. Me sentia frustrada, não era isso que eu queria, estava ansiosa, pois queria dar aula de L.P. e não de 1a a 4a série. Certo dia conversando com a professora Joana Miotto, ela me esclareceu que eu precisava prestar vestibular e fazer o curso de Letras. Foi então que fui me informar e fazer vestibular, tinha 80 vagas para Mafra, passei em 32a, senti muito orgulho de mim mesma, pois o magistério preparava para lecionar e não para o vestibular. Achei que fui bem. Conclui a Faculdade em 3 anos (inclusive aos sábados a tarde).
A professora que me chamou atenção foi a de Inglês (Rita), pois a maioria dos alunos não sabia nada da matéria, então ela começou pelo inicio, como se estivéssemos na 7a série, foi excelente, aprendi muito com ela nos 3 anos que lá permaneci.
Não líamos muito. Não lembro de um livro em especial a não ser “Os Lusíadas” (Camões) “Crônica de Uma Morte Anunciada”; livros de difícil compreensão, lembro muito pouco, mas na verdade seus títulos.
As aulas eram tradicionais , mas aprendi muito, pois era meu objetivo ser professora de L.P. e para o momento, era o “ideal”, penso eu (86-88).
Hoje em dia leio muito, mas textos curtos, textos da Internet. Adoro tudo que esteja relacionado ao Meio Ambiente. Livros de auto-estima também leio, pois tenho problema Bipolar, preciso me auto identificar constantemente.
Acredito que o eixo principal de minha leitura hoje é através da Internet.

Relato de uma professora: entenderam?

Era uma tarde ensolarada, e o diretor da escola reunira todos os alunos no pátio, para informar sobre as mudanças ocorridas na escola, enfim, aquelas coisas que só se consegue fazer nas férias, sem crianças correndo, gritando, pulando...Os alunos estavam todos agitados, e foi aí que o diretor resolveu usar seu precioso apito para chamar a atenção do pessoal.
"Piiii...piiii..SILÊNCIO!"- e começou seu discuro cheio de autoridade e orgulho, pelas benfeitorias realizadas no espaço escolar.
"Queridos alunos, vejam....enquanto vocês descansavam nas férias de vocês, nós cuidamos da escola..."
Enquanto isso, eu apenas observava a cena parada na porta da sala de professores, quietinha, prestando atenção aos recados do "dire".
"...e vejam, todos tem que cuidar, ajudar a manter a escola bonita...ENTENDERAM?"
E os alunos, apreensivos respondem prontamente:
- Entendimos!
"E não é entendimos, é ENTENDEMOS!!!"
- Entendemos, diretor!
"Isso, porque vejam, colocamos grades na quadra de esportes, PLANTEMOS flores, grama..."

Ali, minha índole de professora e de amante da nossa Língua Portuguesa partiu no meio, doeu!! Que exemplo hein diretor? Para cobrarmos qualquer conteúdo de nossos alunos, devemos nós, como professores e educadores, dar o exemplo, e dominar os conteúdos. Naquela situação, vi o quanto nossas ações refletem em nossos alunos...
Então, vamos fazer sempre o melhor para eles, para que possamos tentar mudar os conceitos errados que andam sendo aprendidos por aí...entenderam?

Ana Cláudia Zan, professora de Língua Portuguesa e Inglês do Ensino Fundamental e Médio.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Memorial RUTIANE

"Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais"
(Casimiro de Abreu)

Vivi minha infância numa pequenina cidade chamada Major Vieira,em meio a brincadeiras,fantasias e muitos amigos.Adorava estar na chácara do meu avô,pisar no chão molhado da terra com uma liberdade sem igual.Corria,subia em árvores,imaginava que era um passarinho capaz de voar além das copas das árvores.Admirava os peixinhos que observava num pequeno rio,segui-os até perdê-los de vista e morria de inveja porque eles pareciam ir mais longe do que eu.Porém,com seis anos ouvi a sequinte frase:"A vida não é só brincadeiras,precisa estudar também." Fui matriculada no pré-escolar,mas não quis ficar.
No ano seguinte ,iniciei na primeira série,agora com lindos cadernos,todos encapados pela minha prima Sirlene,hoje professora de matemática,a qual sempre me incentivou a estudar,contando-me sobre sua faculdade,suas leituras e principalmente vivendo o amor pelos estudos.
Enfim,entrei na sala,mas durante uma semana minha mãe permanecia na porta.Ocarinho da professora Judite me fez perder o medo,fiz muitas amizades,algumas que permanecem até hoje.Recebi meu primeiro livro didático:"A cartilha".Primeiro olhava os desenhos decifrava palavras e por fim,o momento inesquecível,aprendi a ler.Saí da sala lendo placas,cartazes,receitas,bulas e tudo que via pela frente.Sempre fiz grandes viagens imaginnárias.Quantas vezes subi até o espaço,sem tirar os pés do quintal,deitei nas nuvens e brilhei como as estrelas ouvindo os causos e estórias do meu pai.
No antigo Ginásio minhas leituras basearam-se na Coleção Vagalume e nos exercícios de "Siga o modelo",sem falar das famosas redações sobre as férias.Tive poucos professores de LP habilitados.
No Segundo Grau conheci o professor Henrique e seu estilo inovador de dar aulas,havia na escola uma grande expectativa pela sua chegada.No ano seguinte,estudei no Colégio Sagrado Coração de Jesus da cidade de Canoinhas,com a professorra Cleceria, de LP,a qual cobrava sempre a leitura dos clássicos,o que me fez ter grande interesse por literatura.
Com dezessete anos queria fazer o curso de Direito,mas por vários motivos desisti.Optei por cursar a faculdade de Letras,e fui feliz na minha escolha.Amei meu curso,tive uma turma especial.Fiz Pós-Graduação em Psicopedagogia.
Mas ainda acho que sei pouco.Tenho certeza que há muito para aprender.Há imensas viagens e caminhos a percorrer;diante delas sinto-me como aqueles peixinhos da infância:pequenos em tamanho,mas capazes de realizar grandes viagens,com muitas pontencialidades a serem descobertas ao longo dessa travessia,que é a vida.

Rutiane Simões de França Loti

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Eu leio
Tu escreves
Ele produz
Nós reestruturamos
e Eles nos mostram o que aprenderam.
Jalusa Endler de Sousa Reese
ago/09

MINHA MÃE MENININHA

Minha mãe menininha
minha mãe Maria
Maravilhosa mãe;
Melosa música,máxima melodia
Mais mulher
Menos martírio
Magnânime
Maciez
Minha mãe Maria.

Poema produzido por Jalusa Endler de Sousa Reese
em homenagem a sua mãe Maria Endler de Sousa

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Aninha



Ana acorda
amada,adorada
Ana acalenta
afável,afetuosa
Ana amiga
abençoada,amável
Ana aconchego
alicerce,amparo
Ana adormece
adeus,até
além,amém
Ana angelical
Anjo Aninha!

(Aninha é Ana Carolina,minha sobrinha, que fez uma breve passagem pela terra)
Cursista: Terezinha Gelchaki
wfqhqwfsvçwgwv

sábado, 15 de agosto de 2009

Amado Amigo

Antes andava a andar
Agora ando a amar...
Antes ansiava acalmar
Agora anseio aconchegar...
Antes aceitava acelerar
Agora aceito aplacar...
Antes apreciava anoitecer
Agora aprecio amanhecer...
Antes almejava aceitar
Agora almejo acreditar...
Antes andava a andar
Agora ando a amar...(...)
Antes apenas amigo
Agora amado amigo!
Ana

Memorial - O caminho ao letramento

Sem dúvida alguma a grande influência ao letramento veio do lado materno. A realização de um sonho de mãe concretizou-se na filha... Devido a dificuldades de outrora a escolaridade - uma menina-moça viu seus sonhos podados ao ser impedida pelos pais de prosseguir os estudos. Uma grande frustração tomou conta do seu ser a partir de então... Com o passar do tempo, casamento, mudanças, filhos, dificuldades de toda espécie a impediram de realizar o maior sonho - ter uma formação educacional regular. Quando precisou assumir a casa e os filhos (6) sozinha, estabeleceu como regra primeira - "sempre boas notas para obter qualquer 'premiação' ou necessidade não- básica atendida". Com isso manteve a ordem e os estudos como prioridade. O tempo foi passando, as "crianças" crescendo e os estudos foram deixando de ser obrigação para ser prazer. O contentamento da mãe ao saber da escolha da quinta filha pelo vestibular do curso de Letras foi visível. Os primeiros dias de faculdade foram penosos - não havia na acadêmica o contentamento necessário e a angústia foi dividida entre mãe e filha. Eis que surge o conselho: "Não se pode afirmar que algo é bom ou não não antes de seis meses de experiência. Caso não goste realmente há a possibilidade de novo vestibular e um novo curso se iniciar posteriormente". Filha obediente e certa da visão certeira da mãe, a sequencia ao curso se deu. Feliz escolha! Ao início do 2º bimestre o "encantamento" finalmente se instalou. Ainda em início de curso, a inscrição para aulas excedentes sem sucesso. Vaga havia, mas priorizava-se quem já tinha experiência. A saída então foi entrar em contato com um ex-professor que, àquela época, respondia pela direção da EEB "João José de Souza Cabral", com o seguinte argumento: "Como terei 'experiência' se não me deixam começar? O senhor foi meu professor- segui seus passos e agora preciso de uma chance para mostrar o que sei e a que vim." Argumento aceito e o início no magistério concretizou-se em Março de 1986. Vinte e três anos de caminhada - aprendendo, dividindo, crescendo. No decorrer da caminhada, mais especificamente em 2003 a "mãe" partiu. A "filha" sem chão, queria desistir de tudo e sucumbir. Apenas quinze dias se passaram do ocorrido e era dia do professor e, também, dia de retornar as atividades após a licença de nojo. Sequer forças para levantar da cama e retomar as atividades havia. Foi então que, arrastando as pernas rumo a porta de saída veio a lembrança do olhar de satisfação da mãe que tanto se orgulhava da filha professora. Havia nela a concretização do sue maior sonho. A coragem se instalou, o passo foi dado e a caminhada retomada. Hoje sou a mãe professora. A emoção de dar aula ao meu filho compensa qualquer dificuldade e o caminhar que por vezes é tão árduo, torna-se prazeroso.
Ana Paula Ziemann

Sem saída

Selma, Sandra, Sara
sentadas sossegadamente
sobre seus sofás. Sábado, setembro...
Subitamente surgem sinais sensoriais: sentimento saudosista,
soldados sábios soletrando sonetos sem simplicidade:
"Sérgio Saracura"
"Saulo Sola Solta"
"Sílvio Samaritano Sem Saída"
Sinos são sopros sinalizando sentimentos sinceros sob sol setembrino:
Santa Selma solicita salmo,
Sandra solicita sorvete,
Sara solicita sargento sossegado.
Saracura, Sola Solta, Sem Saída saem sem saber se :
Selma, Sandra, Sara serão suas.
Sentinelas saem. Silêncio.

Ana Walkoff
Maristela
Marize

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Primavera

Primavera presume primor perfumado
Precipita profundos prazeres para pecado
Pinturas paisagísticas pomposas pois prevalece pureza
Perniciosos pensamentos prosseguem por pretender partir pouco a pouco para presentear pela paixão principiada pela princesa
Penélope primeiramente prefiro prestigiar pureza
Posteriormente pretendo possuí por parceira
Paralelamente prossigo pensativo, perseverante ...

Arlete
Samuel
Zenilda

terça-feira, 14 de julho de 2009


Encontro
07/07/2009
Cursista
Aninha
Explanando
atividades
de seu grupo
Relações lógicas



Cursista Michele

Explanando atividade

Elementos da
coesão textual


Vanessa e Ana:
Explanação sobre
coerência textual




Edinho, Janira,
Maristela e Marize

Apresentação
sobre Estilo

Formadora selma
Apreciando as
apresentações
dos grupos







Formador Adão
Organizando apresentação
por meio de data show...





Cursista Zenilda

Explanando tópicos

sobre a implantação

do seu projeto na escola





Cursista Juliete

Explanando aspectos

de seu projeto a ser

realizado na escola











Cursista Janira

Apresentação sobre Estilo

Rooooooooonallllllllllldinhhhhhhhoooo

Galvã Buena, rssss

Cursista Neide
Apresentando
Um estilo da região




Cursista Terezinha





Aline e um estilo carimbadíssimo

Gil Gomes e o defunto na lagoa

Rodrigo de Freitas

Cursista Henrique
Eta professor Raimundo
E o salário?...

Vanessa
Isso pode, isso não pode




Cursista Aninha


Lady Kate ataca novamente

o Gralby e a Lagoa Rodrigo

de freitas...

Jalusa
Roda, Roda , Roda
Terezinha, u u u
Chacrinha inconfundível



Michele apresentando

e encarnando Hebe Camargo...

Rutiane
Baixinhos e baixinhas
xuxaxa





Cursita Ericleia

Lady Kate

A Lagora Rodrigo de Freitas

foi a loucura...rsss







Cursista Edinho

Boa noite seu Cide Moreira!





Ana, apresentando a Angélica








terça-feira, 30 de junho de 2009




Janira Adriana Prust

Era inverno de 1976 e o humilde casal, Wanda Nely e Albano Prust, recebia o quarto filho, desta vez a segunda menina. Fazia frio naquele mês de junho, e mesmo assim as fraldas estendidas clareavam os varais da pequena comunidade de São Pascoal, Irineópolis –SC.
Os pais, (ele operário em uma serraria e ela dona de casa e diarista) apesar do pouco estudo, também contribuíram para o crescimento intelectual dos filhos, pois sempre liam e buscavam adquirir livros, revistas e jornais. Numa casa que se localizava entre uma escola primária e um cemitério; a caçula cresceu saudável e sempre teve o cuidado e a atenção dos pais e dos irmãos mais velhos. Estes, por sua vez, eram estudiosos e de alguma maneira incentivaram para que Janira se interessasse também. E talvez, tenha sido por isso, ou quem sabe pelas brincadeiras da escolinha de faz -de –conta, que ela fora alfabetizada antes mesmo de chegar à escola real. E quando lá se encontrou, estimulada pelo livro “Barquinho Amarelo” não teve dificuldades com as letras e ainda passou a ajudar os colegas de sala.
Nesta escola havia uma grande sala que chamavam de biblioteca, alguns e intocáveis armários de vidro a rodeavam. Porém, o acesso era restrito e nunca se soube ao certo, para que servia aquele espaço. Mesmo assim, aquele período escolar fora produtivo para a pequena garota. Até que chegou o final da quarta série e aí teria que mudar de escola. Um difícil desafio, já que era bastante tímida. Enfim, com o apoio dos pais, passou a estudar numa escola maior aonde atendiam alunos até o Ensino Médio. No período inicial teve muita dificuldade de se expressar, já que tudo era tão novo..., tão estranho..., tão diferente. Enfrentou os obstáculos e sentiu-se mais à vontade.
Podia-se perceber que nesta escola havia também um espaço que chamavam de biblioteca, porém, na maioria das vezes, permanecia trancada. E somente empréstimos esporádicos eram permitidos. Finalmente, quando inicia o curso de Magistério é que conhece professores que fazem a diferença e que estendem para a escola o estimulo à leitura que a jovem nunca deixou de receber em casa. E é exatamente neste momento que decide rumar para o curso superior de Letras. Na faculdade encontra pessoas maravilhosas entre colegas, professores e duas pessoas em especial: sua amiga e um rapaz, hoje esposo, estimularam e continuam contribuindo, para que a jovem construísse a sua história de leitora.
Ana Claudia Zan

Durante a infância, recordo-me que adorava ir à escola. Era uma doce aventura aprender coisas novas, desvendar mistérios nas histórias que escutava. Eu sempre gostei muito de estudar, de ler, enfim, queria sempre aprender mais e mais. E lia. Lia muito. Freqüentava a biblioteca e considerava-a um “cantinho” da imaginação. Para mim, livros difíceis, (aqueles mais grossos, que ficavam nas prateleiras de turmas avançadas) eram um delicioso desafio, e confesso que li quase 90% daquela biblioteca!
Quando cheguei ao Ensino Médio, as leituras de livros literários tiveram que ceder espaço para o estudo de outras coisas, para os ensaios de teatro e dança. Nessa mesma época descobri a paixão pela Língua Portuguesa e suas vertentes. Peguei gosto pela literatura e representei isso em peças teatrais. Extravasei no teatro!
Nesse mesmo período, aprendi a buscar uma leitura crítica através de revistas, jornais, reportagens, etc. Minha consciência crítica se desenvolveu e aprendi a argumentar e defender minha opinião. Foi maravilhoso! Desenvolvi a escrita, aprendi todos os tipos de texto, e sempre me destaquei no ato da escrita, tendo a maior nota em redação em um dos vestibulares que fiz, sendo que a redação virou notícias de jornais e da internet.
Por medo de sair de casa e ir morar sozinha, abandonei o sonho de fazer Artes Cênicas e fui fazer letras. Desde que cheguei à faculdade, o interesse pela Língua Portuguesa e pela Literatura apenas aumentou. Comecei a ler novamente. Li teorias, livros literários, revistas específicas, críticas literárias, livros técnicos, etc. Minha habilidade na escrita aumentou e se desenvolveu quando comecei a escrever resenhas, meus próprios artigos e ensaios, e retomei um segredo guardado desde o Ensino Médio: Meus poemas.
Confesso que deveria ler mais do que o faço, porém estou dedicando boa parte do meu tempo às pesquisas dos meus projetos finais de curso. Mas estou sempre lendo e escrevendo. Tornei uma pesquisadora da linguagem, e não pretendo parar isso tão cedo.
Memórias

Como ocorreu o meu processo de letramento? Responder a essa pergunta é reviver antigas lembranças, da fase infantil até início da adulta. Onde a família, amigos e alguns professores marcaram esse momento.
Cheguei no município de Canoinhas após a enchente de 1984, aquela que acarretou inúmeros problemas a todo o estado de Santa Catarina. Porque sou filha de policial militar, o qual mudava de domicílio com freqüência. Neste mesmo ano fui alfabetizada na E.E.B. Sagrado Coração de Jesus, com o livro “Barquinho Amarelo”, com a caixa de areia, com cópia de sílabas. Esses momentos passam como flashes em minha cabeça. Ao ingressar no intitulado ginásio (5ª série), tive como professor o senhor Éderson Motta, que me apresentou ao universo literário. Tornando as aulas um ambiente agradabilíssimo de contato com livros, teatro, música, poesia e toda beleza da língua. Ele foi o professor incentivador na minha carreira de professora, que começou em 1997. E isso eu tive a oportunidade de comunicá-lo num encontro educacional há algum tempo atrás. Eu estava bem emocionada neste dia.
Engraçado, mas do ensino médio as lembranças foram apagadas. Talvez, porque não foram marcantes. Já no ingresso no ensino superior veio o encontro com Fahena Porto Horbatchuk, excelente profissional da área e mais uma estimuladora da leitura. Foram quatro anos de contato o qual deixaram saudades. Ela foi o nome de turma na minha formatura em 1999.
Logo após essa etapa, em 2002 eu fiz especialização. E a cada módulo de estudo, um professor, mestre e doutor vem reforçar o gosto da leitura e abrir o leque de conhecimento cultural, que eu levo para a vida. E acredito que a formação do meu caráter e dos meu valores ocorreu com esses bons profissionais que estiveram no meu caminho. Obrigada a todos!

Jalusa Endler S. Reese
E.E.B Irmã Maria Felicitas
16/06/2009
Minha vida escolar

Meus primeiros momentos na escola foram marcados por curiosidades e descobertas. Pensava que poderia aprender tudo de uma só vez, e que iria sobrar bastante tempo para brincar. Passado essa fase, percebi que tudo acontecia em seu tempo certo. Então tomei contato com as primeiras letras, números e a descoberta de um mundo novo, com suas maravilhas em forma de palavras, frases e textos.
Uma vez alfabetizado, realizei um sonho grandioso, que era a habilidade de extrair significado das letras imóveis no papel. Essa capacidade de leitura, fez com que eu pudesse realizar a proeza de ler e trocar revistas de histórias em quadrinhos que tanto me fascinava.
Passado os primeiros anos de estudo, fiquei cada vez mais fascinado pelo mundo das letras e dos livros. Meu Ensino Médio consolidou o meu prazer e amor pelos livros, textos leituras. A partir dessas experiências com o mundo do conhecimento, decidi cursar a faculdade de letras e sinto-me realizado com essa profissão.

Samuel Antônio Ribeiro de Lima
E.E.B Estanislau Schumann
Brincadeira de criança
Às vezes é difícil lembrar, de coisas que aconteceram. Geralmente, lembramos das coisas marcantes, sejam elas boas ou más. Lembro muito de meu pai que já se foi, pois ele era muito rigoroso quanto ir à escola. Um dia ele me disse que o estudo era tudo que ele podia dar de valor a seus filhos, e isto com certeza foi o que me incentivou a voltar para a escola depois de um câncer de mama de minha mãe. Quando eu era pequenina, minha irmã me contava histórias, eu adorava “O patinho feio”, talvez pelo preconceito que ele sofria. Nós gostávamos de brincar de “escolinha” dentro de uma enorme tina de vinho. Provavelmente isto é que me incentivou a ser uma professora. Mais tarde descobri que realmente era isto que eu seria, pois, tinha-me espelhado na professora Cristiane de Língua Portuguesa, uma pessoa maravilhosa, que tratava todos com igualdade e muito carinho. Ela me fez ver que tudo podemos conseguir se realmente quisermos e, eu queria. Hoje, lembro de professores rigorosos que tive e também os entendo. Sei que tudo o que sou como pessoa e profissional, devo a eles. Isto também foi importante, tão importante quanto o primeiro romance lido, “A moreninha” que marcou a fase de minha adolescência. Tudo enfim, marcou e foi um aprendizado para que eu pudesse compreender que o “ensinar” é mais um mero caso, é conviver, partilhar e construir.

Dalva Mirian Moreschi
E.E.B Estanislau Schumann

quinta-feira, 25 de junho de 2009

R E C O R D A R...

(...) na parede da memória a lembrança é o quadro (...)
Belchior

Lembro que uma brincadeira de que gostava muito era fazer de conta que era “professora”. Brincava na despensa um lugar bem apertado ao qual levava um pequeno quadro negro. Era uma disputa, muitas vezes minha irmã queria ser a professora e brigávamos por isso. Foi a partir desta que se manifestou o meu prazer em lecionar. Lembro que minha irmã mais velha folheava com gosto umas revistas “Mundo Jovem” e eu ficava imaginando a maravilha que seria poder ler tudo aquilo. Aos domingos sempre acompanhava meus pais às missas e recordo com clareza que por vezes “fingia” ler aqueles folhetos.
Quando comecei a frequentar o jardim recordo de certa manhã chuvosa na qual não queria ir pra aula de jeito nenhum, acabei jogando minha mochila na poça de barro, pura comédia. Na sala depois de alguns minutos já tínhamos nossos lugares escolhidos e... sentados. Da escola não gostava tanto mas era uma excelente aluna o que me ajudava em muitas situações.
Em um abrir e fechar dos olhos da memória vejo a escola, o corre-corre na hora do lanche, minhas colegas, e é claro, a professora de português. Sempre muito séria entre meio aos livros de literatura. Os exercícios gramaticais era na base do “siga o modelo”. O grande momento era quando recém chegava da escola debruçava-me nos livros e cadernos para fazer os temas. Minha maior alegria foi quando fiz com “gosto” meu primeiro trabalho para a disciplina de ciências. Foi no período do Ensino Médio que comecei a ter “encantamento” sobre a linguagem. Adorava as aulas de português e viajava no mundo dos livros literários. A partir daí surgiu a idéia de prestar vestibular para o curso de Letras.
Em meados de 2002 ingressei no curso de Letras com habilitação em Português e Espanhol e suas respectivas literaturas. Na faculdade, diga-se de passagem, “engolimos teoria” e a prática muitas vezes fica a “ver navios” - apesar dos estágios. Era fantástico poder ir à biblioteca da Faculdade em pleno sábado e ficar lá por horas e horas. Recordo da primeira aula na Faculdade... tudo era novo, forte e tão especial.
Em 2005 surgiu então a oportunidade de especializar-me com o curso de Língua Portuguesa e Literaturas. Foi bastante proveitoso e importante para o meu crescimento profissional e intelectual. Meu trabalho de conclusão de curso foi uma pesquisa bibliográfica. Tive como principal objetivo desenvolver um estudo sobre o ensino e a produção textual a partir de gêneros textuais, baseada nos estudos da lingüística textual. Investiguei o processo em que o ensino da língua materna vinha e ainda continua sofrendo ao longo das décadas. Foi um trabalho em que envolveu muitas discussões e pesquisas direcionadas às concepções da linguagem.
Com o passar dos anos, veio o tempo do trabalho para valer. Meu primeiro passo profissional foi na Escola “Frei André Malinski” no interior de Major Vieira. Com os alunos não tive problemas sofria com a insegurança advinda da falta de experiência. Com o passar do tempo isso foi sendo amenizado.
Fica à sugestão, e a necessidade que os professores estejam abertos a mudanças de metodologias e às novas práticas de sala de aula, para que o ensino de língua materna seja muito mais do que apenas uma disciplina curricular, mas um veículo de comunicação, que apresente ao aluno a capacidade de conhecer e produzir um texto nos mais diferentes gêneros. Atualmente, trabalho na E.E.B “Luiz Davet” com turmas do Ensino Fundamental e no CEJA com Jovens e Adultos.
Mas os anos passam depressa e hoje sinto saudade e guardo tudo como boas recordações...
Ericléia Malicheski.

Meu caminho ao letramento

Meu letramento iniciou ao ouvir minha avó contando seus causos, adorávamos dormir na casa dela, porque sabíamos que antes de deitar ela nos contaria as histórias do compadre macaco, do João grilo e muitas outras.
Em casa tive um outro grande influenciador para meu contato com os livros, meu pai, ele lia e comprava coleções tanto para nos quanto para ele, e mesmo não conhecendo as letras, folheava os livros para tentar adivinhar o que estava escrito, quando não inventava histórias.
Iniciei o primário sabendo ler, e por ser muito ativa e conversadeira queria opinar sobre tudo que fosse relacionado à historias. Também adorava contá-las, lembro-me que quando meus primos e eu nos reuníamos na casa da minha avó, ficamos até tarde inventando histórias de terror. Já no ensino fundamental não tenho muitas lembranças de meus professores, exceto uma da quinta série Profª. Zilma, ela era conhecida na escola como “Diabo loiro” todos os alunos a temiam, mas para mim foi uma excelente professora, pois me motivou a escrever e fez com que o gosto pela leitura aumentasse ainda mais.
No ensino médio não houve grandes mudanças, pois fiz um curso técnico e todas as disciplinas eram voltadas para a área na qual estudávamos. Após me formar , resolvi cursar a faculdade de Letras Português e Espanhol, essa escolha foi motivada pelas minhas conversas de mais ou menos dois anos pela internet, com amigos mexicanos, nas quais aprendi as habilidades do espanhol. Mas ao conhecer as diversas disciplinas do curso de Letras, eu me apaixonei pela cadeira de literatura, graças a um magnífico professor que me fez mergulhar no mais profundo das obras.
Esse passo foi de extrema importância para que eu pudesse realmente compreender o que um conjunto de signos pode causar na vida de quem os decifra. E a cada dia vou desconstruindo e construindo novos conhecimentos, e desvendando mais e mais deste mundo do ser letrado.

Profª. Aline Pires Alzemiro Soares

terça-feira, 23 de junho de 2009







Gestudas e Gestudos em ação

Memorial

A minha vida escolar foi um desafio, comecei estudar com 6 anos, meu irmão mais velho não queria ir para escola sozinho, então meu pai fez minha matricula para irmos juntos mas eu não conseguia acompanhar a turma, devido a minha idade, o professor não me dava muita atenção e dizia que eu poderia repetir o ano, porque eu nem estava em idade escolar, no final do ano e claro eu reprovei então começou o meu trauma que não ia aprender a ler, fiz mais ano naquela escola com o mesmo professor passei de ano, não aprendi a ler foi então que meu pai decidiu a fazer minha matricula em outra escola que não era um professor por turma, este ano foi terrível pelo menos no início, como eu era uma das únicas alunas que não sabia ler a professora me marcou bastante e todo o dia ela achava um motivo para brigar comigo até que um dia eu tinha que ler um texto para ela, estava doente havia desmaiado antes de sair de casa não queria ir para aula e meu pai me obrigou, cheguei atrasada, quando ela me viu nem bem sentei na carteira ela veio em minha direção e disse : - Hoje você vai ler senão não eu não sei o que eu faço contigo, foi então o momento mais terrível, eu não reconhecia nenhuma letra nem sílabas e ela ficou furiosa e começou me puxar meus cabelos e bater minha cabeça na carteira, a sala toda ficou num silêncio total, quando ela percebeu que eu estava quase sem choro ela parou e me disse: vê se de agora em diante aprende ler, então foi o momento que eu sai da sala e fui pedir para o diretor para ir embora, não contei nada a ele do ocorrido pois estava com muito medo dela, ele viu o meu estado falei que estava doente, ele me dispensou, fui para casa contei para meu pai e ele foi até a escola falar com ela e com a direção, daquele dia em diante ela começou me tratar diferente, foi onde consegui aprender a ler, ainda com bastante dificuldade daí em diante foi realmente um desafio, nas séries seguintes sempre que um professor pedia para ler em voz alta me dava tremor, sentia náuseas, tinha muito medo de errar, sempre tinha impressão que alguém ia me bater ou rir de mim, então foi onde comecei a ler muito, também em voz alta, decidi então fazer a faculdade de letras a qual hoje me sinto realizada., sou uma grande incentivadora de leitura na escola e desenvolvo vários projetos referentes a leituras.


Professora Neide T.R.Bosse
E.E.B.Luiz Davet.
Minha trajetória no processo de alfabetização e letramento

Por: Juliete Alves dos Santos Linkowski

Minhas melhores memórias são da 1ª infância. Lembro com saudade dos meus 4 anos de idade, quando tive meu primeiro contato real com o mundo das letras. Meus pais foram minhas principais influências.
Fui alfabetizada antes de completar 5 anos e devido a isso comecei a frequentar a escola, apenas como uma experiência após ter sido aprovada num teste que exigia conhecimento das vogais e de algumas formas geométricas. Lembro que havia duas turmas: A (forte) e B (fraca). Deveria frequentar a turma A, mas gostei muito da professora Marilda, da turma B, ela era muito carinhosa na maneira de se relacionar com os alunos, e isso jamais vou esquecer. Então fiquei todo o ano na turma B, o que pra mim foi maravilhoso.
Na medida em que o tempo foi passando também crescia meu interesse pela leitura e pela escrita, tanto que quando chegava em casa queria dividir meu entusiasmo com a família toda. À noite, eu, minhas irmãs e meu irmão costumávamos fazer leituras antes de dormir. O quarto era grande e todas as camas puderam ser colocadas uma ao lado da outra, o que facilitava as nossas leituras. Lembro que eu lia fábulas, minhas irmãs alguns contos e meu irmão sempre preferia o Gibis.
No período da 5ª a 8ª série tive uma experiência difícil, mudança de escola, muitos professores, e ainda no período de férias a escola teve de repor aulas devido a uma greve dos professores. Meus pais viajaram e fiquei na casa da minha tia, várias vezes pedia para faltar a aula, mesmo porque não havia muito incentivo à leitura, raras vezes os professores comentavam sobre livros na sala de aula.
Já no Ensino Médio tive meu primeiro contato com a literatura, então me apaixonei, li muitos clássicos, adorava as aulas de Língua Portuguesa, mesmo nos finais de semana, enquanto minha irmã lavava roupa eu ficava lá na lavanderia lendo em voz alta para ela, minha irmã lia muito mais que eu, mas eram literaturas diferentes.
E aí quando decidi fazer o curso de Letras, tinha plena certeza de que me realizaria como profissional nessa área, e minhas expectativas com relação às aulas de literatura eram as melhores. Desde o primeiro dia de aula fiquei encantada com a forma que a professora Sandra conduziu sua aula, e aí não tive dúvida: esse universo era muito mais surpreendente do eu imaginava.
A partir daí comecei a ler o mundo, a compreender muitas coisas implícitas e perceber que nosso conhecimento é do tamanho do nosso interesse. Tive sim algumas decepções como o resultado da prova de mestrado.Depois de ter lido muitos livros, fiz a primeira etapa, fui aprovada, fiz a segunda também fui aprovada, mas quando chegou o momento de apresentar meu projeto para a Banca, percebi que me faltava muito mais conhecimento sobre a Educação. Mesmo não tendo sido aprovada sei que essa experiência só me fez crescer como profissional. Não desisti, ao contrário, hoje faço curso de formação continuada e muitas leituras para cada vez me aperfeiçoar melhor. Estou num processo contínuo de letramento.
Lembranças Ficaram

Faço uma busca em minha memória e lá estão guardadas algumas lembranças, marcas que ficaram de minhas experiências com o processo de leitura e escrita e uma das mais significativas foi de 1ª a 4ª série do ensino fundamental. Escola Isolada, um único professor para quatro séries e o meu primeiro e inesquecível professor Jorge Fersch Neto fazia verdadeiros milagres para a época. Entre leituras e histórias contadas por ele, lembro-me como se fosse hoje como ele contou, a partir de ilustrações a história “O Velho, o menino e o burro”. Neste período tem a presença do meu pai que recitava versos e trovas.
Imagem ainda viva, na escola onde estudei de 5ª a 8ª série, era uma estante de livros na sala dos professores. Tinha muita curiosidade em saber o que havia naqueles livros, porém, nunca pude vê-los. Nesta fase lia muitas revistas e principalmente gibis. Esta era uma leitura feita através da troca e empréstimos entre colegas, sem nenhuma interferência ou incentivo de professor ou escola. Li muitas vezes dois livros que eram da minha irmã e que nunca esqueci “A Moreninha” e “O Caso da Mula-sem-cabeça”. Professor marcante desta etapa foi o professor de inglês na 5ª e 6ª série, Luís Fernando Arving. Adorava as aulas dele, eram diferentes das demais.
Segundo grau, cidade e escola nova, e por incrível que pareça sem nenhuma experiência a relatar sobre leitura e escrita e o que mais me marcou foram as aula de Química da professora Marli Laureano Leme.
Faculdade de Letras (Português/Inglês). Passei por ela e nada de diferente. Talvez eu tenha sido muito imatura. Sem comentários.
Anos depois, desta vez habilitação em Espanhol. Adorava as análises literárias que eram feitas nas aulas de literatura da professora Simone Moraes Stange.
A Pós Graduação foi excelente. Identifiquei-me com as aulas do professor Durvali Emilio Fregonezi e da professora Sandra Regina de Moura Konel e suas aulas de Literatura Infanto Juvenil.
Sou uma apaixonada por livros e literatura.
Terezinha Gelchaki
GESTAR II

Um livro em minha vida

Meu encontro e encanto com a leitura aconteceu ainda na minha infância. Apesar de não ter muitas lembranças do meu curso primário, nessa época tive contato principalmente com a leitura de gibis, o que na infância é um grande divertimento, como também, começa a aguçar a vontade de ler e começa a formar um leitor. Pois foi a partir deles que se inciou meu interesse pela leitura.

Já no Ensino Fundamental, o contato com outros tipos de leitura aumentou, nesta época li muito a Coleção Vagalume, a qual adorava, entre outros, muitos outros livros e gêneros... nesta fase escolar, lembro-me também que fui muito incentiva neste aspecto.

A partir do Ensino Médio, meu gosto pela leitura aflorou, meu encanto e vontade de ler aumentaram cada vez mais, principalmente pelos clássicos da literatura Brasileira, nesta época, passava tardes em companhia de um bom livro, era o que mais gostava de fazer. Acredito que foi neste período que pude dedicar-me mais à leitura e também no qual pude tirar mais proveito dela.

Após o término dos meus estudos básicos, não deixei os livros de lado, mas sim, aproveitava todo o tempo disponível para desfrutar de uma boa leitura, por ter desenvolvido esse gosto e interesse pela literatura, acabei por prestar vestibular para Letras e iniciar o curso superior, do qual tenho muito orgulho e só fez aumentar o meu interesse principalmente pela literatura.

Minha viagem pelos livros fez com que descobrisse grandes obras e autores, como também me fez crescer muito como leitora e como pessoa, fazendo com que minha visão mudasse, ficando , acredito eu, mais desemvolvida e dando-me a certeza de que quanto mais se lê, mais o indivíduo cresce e precisa estar em constante aperfeiçoamento.

Com a experiência de leitura que ainda estou construindo, posso afirmar que um leitor assíduo consequentemente torna-se um leitor melhor e mais crítico.

Vanessa R. K. Bachmann
Gestar II

segunda-feira, 8 de junho de 2009

GESTARII



















GESTAR II
PRÁTICA - TEORIA - TEORIA - PRÁTICA
ESTUDO - PESQUISA - TROCAS DE EXPERIÊNCIAS
DEDICAÇÃO - SONHO - COMPROMISSO
AUTONOMIA - RESPONSABILIDADE - SENSIBILIDADE
ENSINAR - APRENDER - APRENDER - ENSINAR
GESTAR - GESTOR - GESTAÇÃO - CRIAÇÃO

Relato Gestar

Gestar II 2009 – Canoinhas SC

Iniciamos o curso do Gestar II, dia 14 de abril do corrente ano, contemplando os municípios de Canoinhas, Três Barras, Major Vieira e Bela Vista. A Gerente de Educação da 26 Gered, Francisca Stoker Maiorki fez abertura do Gestar II, desejando boas vindas a todos os cursistas.
Em seguida, a Coordenadora Goreti apresentou, por meio de data show, a importância da formação continuada para todos os profissionais que atuam na educação e o desenvolvimento do Gestar II, contemplando os professores de Língua e Portuguesa e Matemática. Foi apresentado aos cursistas os formadores e passado um vídeo sobre “Saber e sabor”. Em seguida, foi passado ao grupo o cronograma para o ano e explanado como se dariam os encontros presenciais e estudo individual. Após esse momento, os formadores conversaram com seus grupos, expondo os objetivos do programa e estudo do Guia Geral.
Nós formadores de Língua Portuguesa, Adão Lourenço e Selma Dal Comuni, resolvemos iniciar os trabalhos, juntando nossos grupos. Explanamos por meio de data-show a proposta do Gestar e como iriam acontecer as oficinas. Também, teorizamos um pouco a questão dos gêneros textuais e pedimos aos grupos que lessem o Guia Geral e a TP3 (Caderno de Teoria e Prática), contemplando o estudo dos gêneros.
No dia 28 de abril, fizemos a 1º Oficina. Por meio de data show, continuamos explanando e discutindo os gêneros textuais, tipologias de textos e a temática o trabalho, apresentado na TP3. A junção entre conhecimento de mundo, lingüístico e textual. Após esse primeiro momento de teorização trabalhamos uma atividade prática. Dividimos a turma em quatro grupos, trabalhando o texto “A Casa”, do material de apoio. Foi lido, primeiramente o texto, e apresentado os temas para desenvolvimento dos textos: “Vender a casa, Comprar a casa, Tombar a casa e Roubar a casa”. Cada grupo, após a escrita, apresentou seus textos, lendo ou encenando-os. Foi muito interessante essa atividade, pois pudemos sentir bem a importância do trabalho com gêneros na sala de aula. Apresentado as atividades pelos grupos, trabalhamos uma seção da unidade 9 da Tp e, pedimos para os cursistas aplicarem com seus alunos, nos relatando no próximo encontro. Falamos sobre a importância do projeto e fizemos uma rápida avaliação sobre a oficina. O grupo pediu que continuássemos trabalhando em conjunto as oficinas.
O terceiro encontro aconteceu no dia 12 de maio. Iniciamos com o filme, Narradores de Javé e também, com a discussão sobre a diversidade de gêneros existente em nossa sociedade. Após o filme, discutimos um roteiro de como poderia ser trabalhado o filme em sala de aula. Em seguida, pedimos, por meio de um questionário, que nos relatassem as atividades praticadas em sala de aula. Avaliamos a oficina e terminamos com a escuta da canção “Construção” de Chico Buarque.
Nosso quarto encontro que se deu no dia 19 de maio, foi muito produtivo. Teorizamos por meio de transparências no retroprojetor os fundamentos práticos e teóricos da TP3, amarrando a temática Trabalho as práticas dos gêneros textuais, tendo no interior de cada gênero, as tipologias textuais. Após esse momento, apresentamos uma proposta de trabalho em grupo, para estudo e apresentação, teórica e prática de cada unidade da TP3. Foi um estudo excelente, pois os grupos foram criativos e muito dinâmicos. Cada grupo, na sua especificidade, se saiu muito bem. Foi uma amarração caprichada, dos gêneros e tipos textuais, com boas pinceladas na gramática e literatura. Terminada, essa atividade, comentamos sobre o andamento dos projetos e o tema do próximo encontro. Pedimos para que lessem e trouxessem a TP4 (Caderno de Teorização e Prática, contemplando o processo de desenvolvimento da escrita e leitura).
Em 26 de maio, realizamos nosso quinto encontro. Fizemos a dinâmica da teia, onde cada cursista relatou seu processo de letramento. Como aprendeu a conhecer o mundo, a ler e a escrever. Foi interessantíssima essa atividade, pois extrapolamos todos os limites, tanto de planejamento, quanto de horário programado. Mas foi excelente. Pois cada um de nós teve um momento de profunda troca de experiência. Houve momentos de grande emoção no relato de cada participante. Paulo Freire e Patativa do Assaré ficariam profundamente emocionados se estivessem presentes nesse encontro. E de maneira transcendental, estavam. Após esse momento riquíssimo, explanamos por meio de data show o estudo das discussões sobre letramento. Aconteceu um debate acalorado sobre metodologias voltado ao ensino de gramática e texto, como não havia mais tempo, deixamos para continuar o estudo e debate no próximo encontro.
Na oficina do dia 02 de junho, continuamos as discussões sobre letramento. Fizemos um momento teórico e outro prático. Explanamos por meio de transparências as discussões sobre o processo de letramento, que estão em voga, tanto de nós profissionais, quanto de nossos alunos. Ficou claro para todos nós que o processo de letramento é uma construção constante, ultrapassando os limites da alfabetização leitura e escrita. Como havíamos iniciado no encontro passado um debate sobre as questões gramaticais, linguísticas e textuais. Convidamos os cursistas para uma atividade em grupo; em que cada grupo teria que elaborar a defesa de uma temática. Foram organizados os grupos contemplando três temas. O primeiro grupo elaborou uma aula e defesa sob a luz do ensino da gramática e tipologia textual tradicional; o segundo grupo, os textos literários e não literários sob uma visão mais atual; e o terceiro grupo, a elaboração de uma aula e defesa sob o foco dos gêneros textuais contemplando todos os aspectos temáticos das propostas anteriores. Foi interessantíssimo esse debate, até para clarear que o material proposto, não exclui a gramática do processo de ensino e aprendizagem da linguagem, mas que está presente, juntamente com a literatura nas atividades de interação contemplada pelos gêneros textuais.
Na data de 09/06/09, dedicamo-nos a orientação e estudo dos projetos, bem como a formatação e postagem dos blogs que criamos. gestarcanoinhas.blogspot.com - gestarselma.blogspot.com - adao-lourenco.blogspot.com
Em 16 de junho do corrente, realizamos uma oficina com diversas atividades práticas e teóricas. Iniciamos como o relato escrito em que, cada cursista relatou sua experiência memorial do seu processo de letramento. Logo após, estudamos o texto da TP4 "Expansão da pobresa". Em pares, foi elaborado perguntas relacionando tópicos explícitos contido no texto, inferências textuais, percepção de mundo e gosto pessoais. Discutimos em plenária as questões estudadas e relfetimos as questões teóricas "Ampliando referências" pág. 147 Por que meu aluno não lê. Finalizando, trabalhamos em grupo a produção e leitura textual em estavam contido as seguintes palavras: muxuango, hermeneuta, vituperado, defenestração, perfunctório, falácia, ignóbil sibilino, uxoricídio e apoplexia. Um momento de muito riso e descontração. E bastante reflexívo também.
No dia 23 de junho/09, novamente nos dedicamos a formatar nossos projetos e blogs. Além de refletirmos as próximas oficinas que haveriamos de construir e constituí-las. Fazia um frio danado e chovia muito. Porém, foi um momento propício para a constituição de nossos escritos.
Em 30 de junho de 2009, realizamos uma oficina voltada ao estudo da TP5, unidade 17, referente as noções de Estilo. Abrimos o encontro com a leitura de um poema, "Palavras". Em seguida, a cursista Zenilda apresentou ao grupo alguns pontos teóricos e práticos sobre seu projeto em andamenteo na E.E.B. Gertrudes Muller. Logo após, refletimos alguns tópicos teóricos, por meio de algumas transparências, com relação a estilística; além de rirmos muito com as marcas, idioletos de certas personalidades da mídia e do meio político "Por quê a galinha pulou a cerca?". Realizamos uma atividade prática em que, cada cursista teve a tarefa de, reproduzir um fragmento textual relacionado a leitura do texto "Os diferentes estilos" de Paulo Mendes Campos e; de representar uma personalidade específica a partir do texto estudado. Ouvimos alguns poemas de uma aluna convidada, Josiele da E.E.B Frei Menandro Kamps; e também a cursista Juliete, que apresentou-nos o seu projeto, em andamento na E.E.B Rodolfo Zipperer. Fechamos o encontro com mais uma atividade prática, introduzindo a coerência e coesão textual, tema que será abordado na próxima oficina.
Na data de 07/07/2009, trabalhamos em grupos tópicos da TP5, abordando as questões de estilo, coerência, coesão e relações lógicas no texto. Após alguns pequenos problemas técnicos referente ao uso do notebook e data show; conseguimos realizar ótimas apresentações. Os grupos foram brilhantes em suas explanações e sugestões de atividades para o trabalho com os alunos em sala de aula. Aprofundamos muito nosso estudo, referente a importância dos elementos coesivos e coerentes presentes no texto. O conhecimento de mundo, linguístico e textual; quanto mais ampliados e vivenciados, por nós e nossos alunos, mais torna-se-ão ferramentas para construção e atribuição de sentidos, coerentes e coesos no texto.
No dia 14/07/2009, nos reunimos para a discussão dos projetos em andamento e postagem das atividades em nossos blogs.
Retomamos nossas atividades em 04/08/09. Iniciamos as atividades com algumas reflexões e mensagens. Em seguida, trabalhamos alguns vídeos que abordavam aspectos das variações linguísticas. Discutimos a importância desses conhecimentos e assistimos o filme - documentário "Língua - Vida em Português".
Na data de 11/08/09, realizamos uma oficina bastante prática. Trabalhamos vídeos e textos relacionados aos assuntos abordados na TP1. Variantes linguísticas: dialetos, registros e desfazendo equívocos.
Dia 18/08/2009, realizamos uma oficina teorizando sobre os aspectos intertextuais - alusão, paráfrase, paródia e citação. Iniciamos também a confecção de um livrinho (com recortes de revistas, desenhos e outras ilustrações), praticando a intertextualidade.
25/08/09. Continuamos trabalhando a construção dos intertextos, confecção de livretos e apresentação das atividades.
01/08/09. Nos reunimos para discutirmos os projetos em andamento e para postarmos atividades nos blogs
08/09/09. Iniciamos os estudos da TP2, debatendo a Un. 5 e 6, referentes as visões gramaticais: produtiva, descritiva e normativa. Oração e frase
15/09/09. Realizamos uma oficina muito produtiva. Iniciamos a oficina com uma leitura textual, debatemos aspectos teóricos da TP2 e realizamos atividades em grupos, estudando as unidades e os assuntos propostos da TP2. Em seguida, os grupos apresentaram suas sugestões de trabalhos.
22/09/09. Nos reunimos no laboratório de informática para discutirmos os projetos e postagem nos blogs
Em 29/09, iniciamos nosso encontro com belíssimos relatos e trocas de experiências das atividades realizadas em sala de aula. Após esse momento, nos dedicamos ao estudo das TP2 e início da TP6.
Na data de 06 de outubro, trabalhamos a TP6, abordando as unidades, 21 e 22. Debatemos sobre os diferentes argumentos textuais, a qualidade da argumentação e a importância do planejamento textual. Foram realizadas atividades em grupos a assistido alguns vídeos referentes intenções argumentativas
Em 20 de outubro, continuamos estudo da TP6. Fizemos uma grande reflexão a partir do vídeo “Ilha das flores” sobre o conhecimento lingüístico e textual do aluno, diferenças de temas e títulos, argumentos, assuntos interdisciplinares e projeção textual. Também trabalhamos e refletimos nossa prática e planejamento textual, além abordamos a importância da literatura para adolescentes
No dia 27 de outubro nos reunimos para trabalharmos os projetos e as postagens nos blog.com. Muitos cursistas falaram sobre o andamento dos projetos e sobre os relatórios das atividades realizadas com os alunos. Sugerimos para que nos mês de novembro todos apresentem o resultado dos trabalhos e o projeto realizado
No encontro de 03 de novembro do corrente, refletimos a partir de vários slides, a importância do trabalho com oficinas de textos. Re-estudamos assuntos abordados em várias TPs referente ao texto e, a abordagem textual das unidades de planejamento e escrita da TP6.
No dia 10/11/09, nos encontramos para fazermos uma reflexão sobre as atividades desenvolvidas em sala, uma pré-avaliação do GESTAR II, e apresentação e troca de idéias sobre os projetos desenvolvidos e em desenvolvimento.
Em 17/11/09, trabalhamos no desenvolvimento dos projetos e postagem de atividades nos blogs. Lindos trabalhos vem sendo desenvolvidos pelos cursistas. A sala de aula está sendo um espaço extremamente rico de atividades belíssimas.
Na data de 24/11/09, fomos ao Município de Major Vieira prestigiar o trabalho desenvolvido pelos cursistas: Aline, Erícleia, Henrique e Neide. Seus alunos nos brindaram com lindas apresentações de leituras no Projeto Piquenique Literário. Um momento de extrema beleza e encantamento em que professor-livro-aluno, aluno-livro-professor (em meio ao ambiente gostoso da natureza); interagem-se, um ao outro, provando ser um processo impar na relação ensino-aprendizagem, cultura e educação. Parabéns a todos
Na data de 01/12/09, realizamos encerramento e confraternização, avaliando o Gestar II, revelando amigos secretos, trocando presentes e carinho.

Adão e Selma
Formadores
Gestar II

segunda-feira, 1 de junho de 2009


ANÚNCIO

Imobiliária AB
Rua: Curitibanos, nº. 655, centro
Fone: 47-3622-2174 – sala 15

Vende-se sobrado, amplo jardim, imóvel recém reformado, revestido em pedra, garagem grande. Localização PRIVICE GLILEGIADA, seguro, com privacidade.
Sala de jantar, lavabo, escritório, três quartos, closet, svize revestida de mármore.

Grupo1: Henrique Alves de Lima
Rutiane Loti
Juliete Santos
Ericléia Malicheski
Aline Pires A. Soares


REQUERIMENTO


Srs. Proprietários

Venho através deste, mui respeitosamente, informar-lhe que a beleza natural e arquitetônica de sua residência a qual tenho observado com admiração, vem ao encontro dos meus anseios de aquisição referida.
A sua localização, bem como o amplo jardim são algumas das características notórias nesse imóvel. Sendo assim, pretendo adquiri-la e fico no aguardo de possíveis negociações.
Sem mais para o momento, reitero protesto de elevada estima e consideração


Atenciosamente


__________________________
Grupo 2, gestar II
Ana Claúdia Zan
Jalusa Endler de Sousa Reese
Dalva Miriam Morescki
Marli B. Izzka Kohler
Samuel Antonio Ribeiro de Lima



Aconchego, 28 de abril de 2009.

Exmo. Prefeito Municipal de Aconchego
Senhor Acácio Boaventura


Vimos, por meio deste, solicitar a Vossa Senhoria a análise e compreensão do pedido de tombamento da casa pertencente à tradicional família Marcondes. Há várias gerações que, em comum acordo, pretendemos deixá-la para a comunidade Aconcheguense como Patrimônio Público, pois a mesma possui um forte valor histórico municipal.
Esta casa situa-se à Rua Carlos Drummond, S/N, distante 500 metros da vizinhança, medindo 220m2, com um belo jardim, extremamente bem cuidado, cômodos revestidos em mármore, pedras em uma parede lateral, coleção de selos, moedas raras, porcelanas, pratas, cristais. Além disso, possui muitos atributos. É riquíssima em detalhes e de estilo barroco.

Contando com sua estima e consideração, agradecemos


João Marcondes e Família

Equipe3
Ana Wolkoff
Maristela Aparecida de Freitas Morsch
Marize Cordeiro Pacheco
Vanessa R. K. Bachmann da Silva




Parada Sinistra

_ Ei mano? Descobri uma parada manera!
_ Diz ai veio!
_ Uma casa da hora.
_ Desembucha teu.
_ Tenho a treta toda. A “mansa” fica quase sempre sozinha; só um pivete fica marcando toca lá.
_ Como ce sabe mano?
_ Fui lá otro dia e o mané caiu na minha. Deu toda a parada.
_ E o bagulho vale a pena?
_ Som da hora, umas “porce” prateada que deve vale uns pila maneiro.
_ A gente podemo derretê.
_ Depois ce pensa nisso.
_ Que mais? Tem bufunfa?
_ Tem moeda do tempo da vovó. Deve valê alguns troco.
_ Conta mais mano?
_ Agora vem o melhor da treta mano.
_ Que é malandragem?
_ Um cofrão, que o mané disse que tá recheado de oro e joia.
_ Uia! Vô tirá feria gorda! Quando vamo fazê o serviço?
_ Calma! Na quinta que vem, porque a coroa vai no shopping.
_ Então, como rola a parada?
_ Maió moleza! A mansa fica a uma cara da city e nem vizinho pra caguetá, tem. A porta latera fica aberta, coberta por arvoredo. Eu distraio o mané do Dudu e peço pra ele abri o cofre e deixá o tranquera aberta. Aí você passa o rodo na mansa, enquanto peço pra conhece o jardim.
_ E pra saí?
_ Na garagem tem três magrela. Pega uma e vaza na boa.
_ E depois?
_ Vamo curti na noite o lucro do trampo da parada sinistra

Grupo 4
Janira Adriana Prust
Edson Luiz de Souza
Zenilda M. Paula Soupinski
Michele Voigt Farias